segunda-feira, 5 de abril de 2010

POESIA DE: DUL VICTOR

BRAÇO FORTE

Braço forte que carpe, que roça, que trabaia
A terra bruta, o chão.
Pra manter a famia,
Trabaia todo dia
Sem ter nada de ambição.
O rico num sabe o disgosto
De derrama o sor do rosto,
Pra encher a barriga do pulitico,
Do barão.
Corpo forte mais cansado,
Trabaia doente, martratado,
Na sua humirde pobreza,
Levando uma vida pacata,
Pranta mio, arroiz, fejão e batata
Pra manter tua nobre mesa.
Cabeça que sonha,
Sonha tão baxa tão loca,
Nada pode realizá,
Se tem fome, sede,
Sua boca fica muda
Se precisa de ajuda,
Ninguém vem lhe ajudá,
O pobre so tem comida
Se tivé terra pra prantá.
De sua casa inté a prantação,
Onde pranta seu mio, seu fejão,
Cum toda a esperança
Vai vivendo essa ilusão.
Cum força em sua lida,
Percorre a estrada curta,
Como é curta a estrada da vida,
Chora de esperança
Com o bejo da muié querida,
Se ganha, enche o coração,
Fica iguarzinho um balão
Que pro céu vai subi,
Isso é, se o fogo num lhi queimá,
Ou se ele num explodi.

2 comentários:

  1. Dul Victor completou neste fevereiro 27 de vida teatral e para comemorar elaborou uma apostila de teatro. Juntando todo seu conhecimento e pesquisando mais algumas coisas, como por exemplo biografia de alguns tetrólogos, concluiu esta apostila.
    Assim que registrá-la, ele pretende postar alguns exercicios neste blog.
    Aguardem!

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  2. Adoro esta poesia seu blog esta de parabens, vamos divulgar para q tenha bastante acessos. bj te amo pai.

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